sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Momento épico no RRV 1986



Olá meninos, meninas, cenouras e restantes raízes vegetais.


Recebi uma informação de ultima hora dos meus contactos do submundo de que algo de muito estranho se passou num qualquer dia de 1986 (se não for o dia que estão a pensar há-de ser um bastante parecido) no fatídico RRV.


O motivo de alguém do submundo do vinho palheto e pudim de ovos de codorniz ter este preciosa informação e eu não deriva do facto de padecer do síndrome de “isso é problema d’outro”.
Este é um síndrome comum nos hominídios do género Homo (hehe, homo), particularmente os Sapiens, tambem conhecidos por "aquele gajo ali" ou pela variação feminina "aquela individua naquele lugar", que só não é mais estudado, comentado e feito em documentário para o Discovery Chanel narrado pelo Morgan Freeman porque as pessoas não reparam nele pelo simples facto de que “isso é problema d’outro”. Mas passemos á frente.


Há de ficar para os anais (hehe, anais) da música portuguesa que, no 3º álbum de Xutos, “1º de Agosto ao Vivo no Rock Rendez Vous”, na faixa 16 “Morte Lenta”, com aproximadamente 52 segundos passados na música, há um animal que grita em plenos pulmões com exacerbada emotividade o grito “Vai pó c...” (que é um sitio facil de ir tendo em conta que 89% das pessoas nesse concerto tinham o referido membro mesmo ali á mão, outros tinham-no inclusivamente na própria mão, não me perguntem porque). Como se não bastasse, o feito épico foi repetido contundentemente aos 1:36. (Para gaudio de toda a audiencia na altura e a partir dai)


Já ouvi este álbum um numero largo de vezes e esta pérola sempre me passou despercebida porque, lá está, “isso é problema d’outro”.


Voltando ao que interessa, este senhor (sim porque só um verdadeiro senhor poderia transformar um gutural e primitivo reflexo num bombom de cultura musical) ficará para sempre imortalizado no éter que é a música dos Xutos & Pontapés.
Aliás, todas as performances posteriores dos Xutos pecaram pela ausência do “vai pó c…” desse fatídico dia.

Este acto protagonizado por um fã acérrimo da banda (foi ele que numa manhã de 1993 partiu e consequentemente substituiu a dentadura o Kalu) é prova da capacidade progressiva dos Xutos e da maneira como estão constantemente a quebrar a barreira estilística da música portuguesa (outras barreiras estilísticas do panorama nacional foram quebradas pela franja da Fátima Lopes e pelas habilidades de Renato Seabra com um saca rolhas).

Usar repetida e insistentemente este “episódio” é uma ideia quase tão boa como dançar breakdance num baile pimba. (e acreditem que isso é uma excelente ideia, experimentem e depois digam qualquer coisa)

Agora quero que visualizem o Julio Iglesias a cantar uma qualquer canção romântica, daquelas que fazem as senhoras atirar cuecas para o palco tal não é o romantismo com que El Julio canta Hey! no vayas presumiendo por ahí "vai pó c..." diciendo que no puedo estar sin ti "vai pó c..." tú qué sabes de mi. "vai pó" (psht, mas então não há respeito pelo senhor Iglesias? Ai ai ai ai ai.)

Até a poesia portuguesa podia lucrar com isto.
As armas e os “vai pó c…” assinalados. (isto sim é arte).

Tinha de postar qualquer coisa antes do fim do ano não é. A culpa é inteiramente vossa. Não me chamassem. (O quê? Não me chamaram? Estava bem no buraco escuro e fundo onde me encontrava? Olha… é a vida!)

No próximo fascículo, “Uma batata-doce pela paz - um estudo de tubérculos governamentais no panorama socio-economico mundial

P.S.: Numa situação como esta, o que seria bonito, adequado, interessante até, seria eu colocar um vídeo ou ficheiro de áudio da musica para sabermos do que estamos a falar.
O vosso erro está em esperar que os meus dotes jornalísticos existam.
A forma profissional como abordei este, podem chamá-lo de "artigo", foi como um qualquer jornalista de um qualquer jornal diário, cujo editor está com uma bota da tropa a pisar o escroto para que produza qualquer coisa para um quadradinho na pág. 6, ou seja, não conferi factos e se quiserem conferir comprem o álbum que o Cabeleira está a precisar de uns trocos para (ainda mais) um implante para a patroa.

P.S.2: Lá está, já sabia, é o que dá não conferir nada. Se leram este post nos seus primordios, concerteza repararam que a faixa referida era a 11 "Quero Mais" o que é totalmente falso. Aproveito para informar que o contacto responsável por vilipendiar este espaço de informação e entertenimento foi torturado convenientemente (para prejudicio de todo o universo do palheto e pudim de ovos de codorniz). Agora é que as coisas estão bem ditas.

1 comentário:

  1. Escreves bués..Não sei se vou ter tempo para ler isto tudo. Se calhar arranjo um tempozito entre escovar os dentes e ir para a cama.
    Hasta!

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