quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A evolução da comédia Inglesa (pelo menos aquela que transpirou para cá).

Hoje o Kumekei vai falar do humor britânico.

Aquele humor meio seco e intelectual que nem toda a gente percebe tão a ver?

Podíamos começar por qualquer parte mas vamos começar pelo William Shakespear (conhecido na Guiné como Guilherme Abana-a-Lança).

A obra de Shakespear não foram só romances épicos como o Romeu e Julieta ou tragédias como Macbeth (que consta que está amaldiçoada e que a companhia que ousar encena-la vai ter uma tragédia em mãos) ou Hamlet ("Algo está podre no reino da Dinamarca", sim era eu, mas naquela altura era difícil tomar banho e tinha comido favas, querem o que?). O Guilhas também escrevia comédia (por exemplo "Sonho de uma noite de Verão") e foi o primeiro superstar da comédia britânica. (Até pode não ter sido mas vamos fingir que é mesmo para efeitos de ficar mais bonito no blog).

Os anos passaram e a era Victoriana não trouxe humor que valha a pena relatar (a menos que achem o Jack, o Estripador engraçado e ai foi uma galhofa total).

E eis que em plena altura do Flower Power, no ano do 1º Woodstock (vão ver quando foi, não trabalho para vocês) estreou na BBC o programa Monty Phython's Flying Circus que veio revolucionar a comédia nonsense, não só na ilha como a nivel mundial. O que começou como um bando de marmanjos a fazer uma coisitas engraçadas desenvolveu-se numa invasão Phytoniana do mundo do entertenimento com espectaculos ao vivo, filmes, discos e até um espectáculo musical.



Quem nunca viu Monty Python and The Holy Grail nunca experimentou a comédia no seu estado primordial.( É como nunca ter ouvido o Yellow Submarine dos Beatles).

Na mesma altura mas com um tipo de humor diferente, mais "cheeky", aparece Benny Hill com as suas corridas com ar de pervertido atras de rapiriguitas em trajes menores (o que para a altura era quase porno hardcore) e dos fenomenais calduços aquele careca pequenino.
Benny que fora dos ecrãs era uma pessoa discreta e recatada, quando se encontrava em frente a uma camera transfigurava-se e, á falta de melhor expressão, fazia-nos ria á parva.



Anos mais tarde aparece Rowan Atkinson com a lendária personagem Mr. Bean.
Dispensa apresentações, um tipo de humor quase totalmente fisico e com os sidekicks do costume, um mini amarelo com o capot preto e um urso de peluche. Bean inundou os ecrãs de todo o mundo e partilhou conosco a sua patetica vidinha.



Mas Rowan, depois de estravazar a parvoice que tinha contida dentro dele precisava de destilar um pouco de maldade e criou o personagem (e a série) Black Adder. Um nobre da Inglaterra antiga com planos diabolicos para conseguir o trono (Este programa foi a rampa de lançamento de Hugh Laurie que, para quem não sabe, é aquele soce que faz de "Doutor Casa" na Fox). Os vários descendentes do anti-heroi Edmund Blackadder (sempre Rowan Atkinson) retratam diferentes épocas e juntamente com os descendentes do fiel (e fedorento) criado Baldrick (Tony Robinson) cumprem o seu objectivo que é, para alem dos maléficos planos (quase sempre gorados pela estupidez de 1 ou mais personagens) fazer-nos rir.



Anos depois aparece nos ecrãs Sasha Baron Cohen com o personagem Ali G. Um "nigga" que acha que os cagados comem alpista e que entrevista personalidades confundindo-as com perguntas incovenientes.



Nesse programa Sasha criou o personagem Borat, um jornalista do Cazaquistão com uma cultura peculiar e ainda mais incoveniente do que Ali G e que com uma inocencia cultural e dissimulada, expõe os podres da sociedade ocidental.



Como se o Borat não fosse bastante incomodo para as "pessoas de bem", Sasha criou Brüno, um reporter de moda austriaco completamente gay (ou será paneleiro? Não é gay mesmo). Com insinuações e perconceitos Brüno conseguiu superar Borat no campo de deixar as pessoas assustadas e furiosas.



Ambos os 3 personagens tiveram direito aos seus próprios filmes. O de Ali G um filme mesmo filme, com sets e figurantes e coisas assim. O de Borat foi feito tipo documentário com as pessoas a não saber que o jornalista era um personagem e a não saber para que estavam a ser filmadas. E, como em formula que ganha não se mexe, Brüno foi feito da mesma maniera que Borat. (Como é que ele vai superar o Brüno não sei ainda mas tenho um bocado de medo do que possa vir dali).

Já neste milénio apareceu a série "Little Britain" protagonizada por Matt Lucas e David Walliams.
Num formato de pequenos sketches e com personagens ridiculas vão buscar a alma Phytonesca e torna-na sua.
Os diversos personagens interpretados por Matt e David são:
Lou Todd e Andy Pipkin – Andy é um falso paralítico na sua cadeira-de-rodas e Lou toma conta dele.


Vicky Pollard – Adolescente rebelde que fala extremamente rápido.

Daffyd Thomas – Um homossexual assumido numa pequena vila do País de Gales, que acredita piamente ser "o único gay da vila" e recusa aceitar que possam existir outros.

Marjorie Dawes – Instrutora dos Fat Fighters.

Sebastian Love – Assessor do Primeiro-Ministro, o qual ama.

Emily Howard – Uma transsexual muito pouco convincente.

Florence – Outra transsexual.

Anne – Paciente com problemas mentais que arranja empregos em part-time.

Mr Mann – Um homem que faz pedidos bizarros na loja de Roy.

Kenny Craig – Hipnotizador.

Dennis Waterman – Um actor que quer escrever “feem toons”.

Bubbles DeVere – Uma mulher com obesidade mórbida que já passou vários meses numas termas sem pagar um tostão, fugindo repetidamente ao gerente que a persegue.

Carol Beer – Funcionária de um banco que fala com o seu computador.

Judy Blackamore e Maggie – Duas amigas. Judy vomita com notável frequência.

Ray McCooney – Um excêntrico gerente de hotel escocês.

Dame Sally Markham – Escritora que se debate para encher páginas para as suas publicações.

Sir Bernard Chumley – Actor reformado.

Mr Cleeves – Professor da Kelsey Grammar School.

Des Kaye – Ex-animador de programas infantis.

Record Breakers – Dois homens que tentam bater recordes mundiais.

Harvey Pincher – Um homem que ainda não foi desmamado.

Linda Flint – Uma funcionária escolar que insulta os estudantes.

Fonte:wikkipedia



Para terminar vamos falar dos miticos Dirty Sanchez (o termo corresponde á parafilia sexual de esfregar as fezes no lábio superior do companheiro durante do acto do sexo anal. Tambem é conhecido por Stinky Hitler ou Frosty Mustache. O que é isto interessa? Não sei. Mas é sempre informação adicional e como este post é pequenino não faz mal meter mais qualquer coisita).
Inspirados nos americanos Jackass mas a darem-lhes 3 voltas de avanço, Matthew Pritchard, Lee Dainton, Michael Locke (aka Pancho) e Dan Joyce fazem stunts de puro perigo e estupidez.
E como esta malta anda sempre em grupos já se misturaram com os próprios Jackass (ao que a revista Maxim disse que "Os Sanchez fazem o Jackass parecer os Teletubies") com os filandeses Dudesons (estes estão ao mesmo nivel de perigo e estupidez, recomendo verem) e com os japoneses Tokyo Shock Boys (estes ultimos disseram que "O que eles fazem é demasiado extremo para nós").



Os Sanchez fizeram um filme em que, depois de um stunt que correu mal fizeram um pacto com o diabo para cometer os pecados mortais por todo o mundo. (E cometeram. Eu vi)

Duvido que alquem tenha lido isto tudo e visto os videos todos mas se leram aqui está uma bolachinha.

P.S.: O Charlie Chaplin também é ingles mas como durante a altura dos filmes mudos perdeu o sotaque não pode ser incuido no humor britanico sendo a razão principal porque não me apetece.

Bubye

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